Dólar atinge valor acima de R$ 5,20 devido a dados de emprego nos EUA
Bolsa brasileira caiu 0,28% e terminou o dia aos 113.284 pontos, ainda operando em seus menores níveis desde junho
O dólar está subindo e está sendo negociado acima de R$ 5,20 nesta sexta-feira (6) devido aos dados de emprego nos Estados Unidos, que indicam um mercado de trabalho aquecido e aumentam as expectativas de que o Federal Reserve (banco central americano) manterá taxas de juros mais altas por mais tempo.
De acordo com o relatório do Departamento do Trabalho dos EUA, foram criados 336 mil empregos em setembro, número muito maior do que a previsão de 170 mil vagas feita por economistas consultados pela Reuters.
No entanto, os dados de agosto foram revisados para cima, mostrando a criação de 227 mil empregos, em vez dos 187 mil informados anteriormente, o que ameniza o impacto dos números de setembro.
Esse relatório é muito aguardado pelo mercado e é acompanhado de perto pelo Fed para suas decisões sobre juros.
O dólar estava subindo 0,88% às 9h56, cotado a R$ 5,213. No ponto mais alto do dia, a moeda americana chegou a atingir R$ 5,22.
Na quinta-feira (6), o dólar teve alta de 0,30% e fechou a R$ 5,168, ainda beneficiado pelos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, enquanto o mercado aguardava os dados de emprego divulgados nesta manhã.
As negociações de quinta-feira foram marcadas pela incerteza dos investidores, após os dados econômicos dos EUA darem sinais mistos sobre o futuro da política de juros americanos.
Por um lado, o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou na quarta-feira (4) que a criação de vagas no setor privado dos EUA ficou muito abaixo do esperado em setembro.
Por outro lado, um relatório divulgado na terça-feira (4) indicou que a abertura de vagas no país aumentou inesperadamente em agosto, sinalizando um aquecimento. Além disso, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA aumentaram em 2.000, menos do que o esperado pelos economistas, o que também indica um mercado de trabalho apertado nos EUA.
Quanto à Bolsa brasileira, ela caiu 0,28% e fechou o dia em 113.284 pontos, ainda operando em seus níveis mais baixos desde junho. O Ibovespa foi pressionado pelas empresas menores e mais sensíveis aos indicadores domésticos, em um dia de alta dos juros futuros no Brasil, que por sua vez acompanharam os títulos americanos.
Hapvida, Magazine Luiza e MRV lideraram as quedas, com recuos de 4,80%, 4,23% e 3,61%, respectivamente.
Por outro lado, as altas da Vale, Petrobras e do setor financeiro apoiaram o índice e amenizaram as perdas da Bolsa.